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08/12/2022 16:20
Justiça

Justiça condena João de Deus a mais de 109 anos de prisão por crimes sexuais

Médium foi condenado na quarta em 3 processos, mas já tem condenações em outras seis ações
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi condenado a mais 109 anos de reclusão / Foto: Ernesto Rodrigues/Estadão
Redação com Terra

O médium João de Deus foi condenado a 109 anos de 11 meses de prisão, na quarta-feira, 7, por crimes sexuais em três processos diferentes no Tribunal de Justiça de Goiás. De acordo com a Folha de S. Paulo, as ações são abusos que ocorreram contra 13 vítimas, e o acusado permanecerá em prisão domiciliar. A decisão ainda cabe recurso.

Além da prisão, João de Deus também deverá pagar às vítimas indenizações por danos morais de até R$ 100 mil. As decisões são do juiz Marcos Boetchat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia, e em conjunto com outros processos pelos quais o médium já foi condenado, as penas passam de 223 anos de prisão.

Ainda conforme a reportagem de Wanderley Preite Sobrinho, os processos cujas sentenças foram proferidas na quarta, são os seguintes: crimes que ocorreram entre 2010 e 2016, contra cinco vítimas; contra três vítimas, entre 2011 e 2013; e contra cinco vítimas, entre 2010 e 2015.

Os demais processos contra João de Deus foram julgados em janeiro de 2022, novembro e dezembro de 2019, janeiro de 2020, maio e novembro de 2021.

Relembre o caso

João Teixeira de Farias, mais conhecido como João de Deus, tem 76 anos e é médium. Desde 1976, ele oferece supostos tratamentos mediúnicos na Casa Dom Inácio de Loyola, autodenominada "hospital espiritual", em Abadiânia, em Goiás. Apesar da formação católica, ele começou os seus trabalhos no fim da adolescência peregrinando pelo País.

Na instituição eram ofertados serviços como passes e cirurgias espirituais baseados nas entidades recebidas pelo médium. O atendimento é gratuito e a cobrança só é feita caso seja necessária medicação.

Eram durante esses supostos atendimentos que ocorriam os abusos contra as vítimas, todas mulheres, que procuravam o local para se tratar. Mais de 300 já o denunciaram ao Ministério Público (MP) desde 2018, quando os primeiros casos vieram à tona.

João de Deus cumpre prisão domiciliar em Anápolis desde 31 de março de 2020, em um endereço conhecido por todos da cidade.

 

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