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18/04/2023 21:00
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Justiça mantém preso acusado de matar ex-mulher a tiros na noite do réveillon em Maceió

Elizabete Nascimento havia pedido medida protetiva contra Evanderson Santos, mas intimação só chegou 3 dias após a morte dela.
Elizabete Nascimento havia pedido medida protetiva contra, mas intimação só chegou 3 dias após a morte dela / Foto: Arquivo pessoal
Redação com G1/AL

A Justiça de Alagoas decidiu nesta terça-feira (18) manter a prisão preventiva de Evanderson Seixas dos Santos, de 33 anos, acusado de matar a ex-esposa a tiros na noite do último réveillon, em 31 de dezembro, no bairro do Jacintinho, em Maceió. Ela havia conseguido uma medida protetiva contra o ex-companheiro, mas a intimação só foi entregue três dias depois. O réu está preso desde fevereiro.

Na decisão, o juiz Yulli Roter Maia negou o pedido de revogação da prisão justificando que a liberdade de Evanderson representaria "ameaça acentuada à ordem pública".

"Não só o crime teria sido cometido em local que poderia ter colocado em risco a vida de terceiros, como também é narrado que a vítima já teria medida protetiva em seu benefício deferida e o réu já vinha a ameaçando. Diante da gravidade concreta da conduta e dos fatos apurados até então, percebe-se que a prisão preventiva é o único instrumento jurídico adequado para afastar a ameaça a ordem pública, sendo insuficientes outras medidas cautelares", afirmou o magistrado.

De acordo com a polícia, no dia do crime, Evanderson perseguiu Elizabete Nascimento Araújo em uma motocicleta. Os dois teriam brigado no meio da rua e ele, atirado diversas vezes contra ela. Após fugir do local, ele teria abandonado a moto na casa da sua mãe.

As investigações apontam que Evanderson não se conformava com o fim do relacionamento, embora ele já estivesse morando com uma outra mulher. Ele teria exigido ainda R$ 10 mil para se separar da vítima.

Elizabete já havia denunciado o ex-marido por violência doméstica. Em depoimento na Delegacia de Defesa dos Direitos da Mulher, ela disse que sofreu inúmeras agressões físicas e verbais e que temia pela própria vida. Quando a Justiça finalmente concedeu a medida protetiva solicitada, a vítima já tinha sido assassinada.

Na época, o Tribunal de Justiça de Alagoas informou que a Corregedoria-Geral da Justiça instaurou procedimento para apurar a demora na entrega do documento. O g1 questionou a Corregedoria-Geral nesta terça (18) se a apuração foi concluída e se alguém foi punido, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem.

Evanderson foi preso mais de um mês depois do crime, no bairro Riacho Doce, em Maceió, após denúncia anônima. Em fevereiro, a Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público e o tornou réu. 

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