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16/01/2023 16:10
Justiça

Justiça nega liberdade à companheira do PM que matou italiano, em Marechal

Decisão alega que liberdade de Karla Cavalcanti 'poderá colocar em risco testemunhas do processo'
Justiça manteve a prisão preventiva de Karla Kassiana Vanderlei Warumbi Cavalcanti / Foto: Reprodução/Instagram
Redação com G1/AL

A Justiça negou, nesta segunda-feira (16), o pedido de liberdade feito pela defesa de Karla Kassiana Vanderlei Warumby Cavalcanti, presa por envolvimento no assassinato do italiano Fabio Campagnola, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro. Na última sexta (13), uma outra decisão judicial autorizou o companheiro dela, o policial militar aposentado José Pereira Costa, a realizar tratamento médico fora da prisão.

Fabio Campagnola foi morto a tiros no dia 3 de janeiro. Antes de ser assassinado, o italiano discutiu com José Costa por conta do local da instalação de um carrinho de churros. Ele teve a prisão preventiva decretada e se entregou dois dias após o crime.

Segundo a Polícia Civil, a companheira do PM aposentado insistia em instalar o carrinho na frente da sorveteria do italiano, que não concordou. Para a delegada que investiga o caso, Karla teria incentivado o companheiro a intervir na situação, resultando no crime, registrado por câmeras de segurança. Por isso, ela foi presa em flagrante.

José Costa alegou legítima defesa, mas foi preso e levado para o Quartel da PM, onde aguarda o andamento da investigação. Ele só poderá deixar a prisão militar para fazer o tratamento médico.

Para justificar o pedido de revogação da prisão preventiva de Karla Cavalcanti, a defesa alegou ausência de indícios de sua participação no crime.

Em sua decisão, a juíza Fabíola Melo Feijão considerou o parecer do Ministério Público, que opinou pela manutenção da prisão alegando que, ao chamar o marido armado para resolver a situação, Karla estaria assumindo o risco de sua conduta, o que configura o dolo eventual.

Para a magistrada, a materialidade e os indícios da participação de Karla no crime foram demonstradas, já que ela foi presa em flagrante logo após o crime, "apontada como a causadora do evento fatídico".

"Tem-se, a rigor, como necessária a custódia cautelar para garantia da ordem pública e conveniência da instrução, porquanto a acusada e a vítima eram vizinhas, o que poderá colocar em risco novamente o seio social e as testemunhas do processo. Não identificando nenhuma ilegalidade ou abusividade na prisão da acusada e ante a ausência de qualquer fato novo capaz de modificar o entendimento deste Juízo, mantenho a prisão preventiva de Karla Kassiana Vanderlei Warumby Cavalcanti", conclui a magistrada.

Nos autos, familiares de Fabio se manifestaram, pedindo a manutenção da prisão de Karla. Na última terça-feira (10), amigos e parentes da vítima realizaram um ato no Francês para cobrar Justiça. 

 

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