A Justiça negou, nesta quinta-feira (8), um pedido de liberdade para o primeiro tenente da Polícia Militar de Alagoas Wescley Rafael Ferreira Canuto. O militar está preso desde o dia 24 do mês passado, quando foi alvo da operação rastro, do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), que investigou uma suposta organização criminosa que atuava no tráfico de drogas e armas em Maceió.
Ao negar liberdade para Canuto, o desembargador José Carlos Malta Marques cita que “após diversas diligências investigatórias, colhidas através do aplicativo de mensagens WhatsApp, foi possível denotar indícios de uma possível participação do paciente numa organização criminosa destinada ao tráfico de drogas, associação para o tráfico, fabricação e comercialização de armas de fogo, dentre outros crimes,funcionando o agente, ainda, como uma espécie de proteção policial para a citada articulação delitiva”.
Na conversa interceptada, Canuto é identificado como “Parceiro Roc Roc”. As mensagnes de Whatsapp indicam, segundo os autos, que ele favorece de forma pessoal um homem identificado como Henrique. “Há relatos que Henrique pede favores pessoais a Ten. Canuto, inclusive para se livrar do homicídio de Mayke/Viado e que juntos,Henrique fabrica as armas e vende, para na hora da entrega pegar o dinheiro e possivelmente repartir depois entre a equipe,que inclui o referido investigado”, diz parte da peça da investigação.
A investigação aponta o possível interesse de Wescley em situações em que fosse possível tirar vantagens e retirar dinheiro das ocorrências.
O desembargador diz ainda que “a riqueza de detalhes constante nos autos de primeiro grau, no sentido de que o paciente, em tese, não só seria integrante de uma organização criminosa altamente organizada, mas também desempenhava importante função nesse grupo delituoso”.
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