O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça denúncia contra três pessoas pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Os denunciados são:
•Amarildo da Costa Oliveira, conhecido pelo “Pelado”
• Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como“Dos Dantos”
• Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”
Os três já foram presos, em decorrência das investigações. O MPF entende que eles devem ser julgados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia foi apresentada à Justiça Federal em Tabatinga (AM). De acordo com o MPF, o juiz do caso já acolheu a denúncia e, com isso, tornou os investigados réus.
No documento enviado à Justiça, o MPF argumenta que Amarildo e Jefferson confessaram o crime. Diz ainda que a participação de Oseney foi mencionada em depoimentos de testemunhas.
O crime ocorreu no início de junho. Pereira e Phillips foram mortos a tiros e tiveram os corpos queimados e enterrados durante uma expedição em uma região da Amazônia, o Vale do Javari, que é palco de conflitos que têm se alastrado pela floresta: tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo.
Em uma mensagem de áudio gravada em maio e obtida com exclusividade pela TV Globo e pela Rede Amazônica, o indigenista Bruno Pereira citou uma reunião que ocorreria na Comunidade São Rafael. O encontro tinha o objetivo de barrar o avanço da prática criminosa na terra indígena.
No áudio, Bruno denunciou pescadores do Vale do Javari que estavam atirando contra equipes de fiscalização na região.
"São esses caras que estão atirando na equipe, esses caras que atiraram na base. Não só do São Rafael, [do] São Gabriel, os carinhas de Benjamin [Constant] e outros de Atalaia [do Norte]".
No entanto, no dia 23 de junho, em declarações feitas pelo superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, ao Jornal Nacional, não descartam o envolvimento de um mandante na morte de Bruno e Dom.
No dia 23 de junho, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, disse ao Jornal Nacional que pode haver um mandante ou uma organização criminosa por trás dos assassinatos.
"É possível ter um mandante. A investigação ainda está em andamento, mas a gente está apurando tudo e nós não vamos deixar nenhuma linha investigativa de lado e vamos apurar de forma técnica e segura para dizer o que efetivamente aconteceu e o que não aconteceu", disse o delegado.
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