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12/12/2022 13:40
Justiça

Pai diz que mãe de Rhaniel levou a polícia até PE para despistar

Segundo Otoniel Severino, Ana Patrícia queria torná-lo suspeito de um falso sequestro
Pai de Rhaniel foi interrogado por videoconferência / Foto: Reprodução
Redação com Gazetaweb

 No júri popular dos acusados de matar o pequeno Rhaniel Pedro, de 10 anos, o pai do menino, Otoniel Severino da Silva, afirmou que desconfiava que o filho estava passando por problemas na casa da mãe. Ele também diz acreditar que Ana Patrícia da Silva Laurentino tenha levado a polícia até Pernambuco para despistar as investigações.

No interrogatório por videoconferência, ele revelou que chegou a pensar que o garoto tivesse sido sequestrado para ser vítima de um ritual de magia.

A criança desapareceu numa quarta-feira e, na quinta, a polícia de Alagoas esteve na casa dele, no estado vizinho. Otoniel acredita que Ana Patrícia queria torná-lo suspeito de um falso sequestro.

“No começo eu achei que ele tinha sido sequestrado para ritual de magia, porque essas coisas acontecem muito. Não entendi quando a polícia veio até minha casa. Eu não tinha motivos para sequestrar meu filho. Ele já vinha passar férias na minha casa. Ela despistou trazendo a polícia até aqui”, afirmou.

O pai disse que a criança estava querendo e pedindo muito para ficar com ele para conhecer os irmãos. “Desconfiei que estava acontecendo alguma coisa, mas ela controlava as conversas da gente e ele não conseguia me dizer, mas tinha certeza que, quando ele tivesse aqui, não ia querer voltar”.

Ele afirmou que Ana Patrícia não demonstrava desespero. E sempre que ligava para saber notícias, quem atendia a maioria das ligações era o Vítor de Oliveira Serafim, padrasto do Rhaniel.

“Eu já desconfiava de algo da parte dela, porque sempre que a gente conversava, ela pedia para não dizer à polícia que a gente tinha contato, que a polícia estava rastreando as conversas, falava apenas pelo WhatsApp. Questionei o porquê de ela ter levado a polícia até Pernambuco. Ela disse que, se não tivesse ido, não teria achado o corpo do menino, porque ela disse que não teriam jogado o corpo. A partir daí eu achei que ela tivesse culpa”, relatou.

O pai ainda comentou que ficou sabendo do desaparecimento porque a atual esposa viu no status do WhatsApp da Ana Patrícia. Foi quando decidiu manter contato com a mãe da criança.

Rhaniel morava com o pai até que ele foi preso por causa de uma confusão causada pela mãe do menino, em que acabou atirando em Ana Patrícia. Ele foi preso e a mãe ficou com a guarda da criança. “Ela vivia jogando ele para um e para outro, ficava meses no mundo”.

PRIMEIRA TESTEMUNHA ERA VIZINHA DA FAMÍLIA

A primeira testemunha do julgamento foi a vizinha da família do garoto, Rosiane de Souza Pereira. Ela disse que notou a mãe do menino preocupada, mas sem demonstrar desespero. Além disso, revelou que o pai biológico, que mora em Pernambuco, ligou diversas vezes, mas não foi atendido por Ana Patrícia da Silva Laurentino.

Rosiane informou que foi a primeira pessoa a procurar a mãe de Rhaniel para imprimir as fotos da criança, tida até aquele momento como desaparecida. Apesar de narrar estes pequenos detalhes, afirmou que não sabia o que poderia ter acontecido com o garoto.

“Conhecia a mãe do Rhaniel há uns 10 anos. Ele era um menino sempre alegre, sempre divertido”, relatou.

A vizinha contou que Ana Patrícia vivia com medo do pai da criança, por causa de problemas que eles tiveram no passado.

O JÚRI

O júri popular dos acusados de matar Rhaniel Pedro, de 10 anos, acontece na manhã desta segunda-feira (12), após ter sido adiado por duas vezes. Sentam no banco dos réus a mãe da criança, Ana Patrícia da Silva Laurentino; o padrasto dele, Vítor de Oliveira Serafim; e o irmão do padrasto, Wagner de Oliveira Serafim. O julgamento vai ocorrer no Fórum do Barro Duro, em Maceió.

Rhaniel foi encontrado morto em uma calçada no bairro do Clima Bom, em Maceió, no dia 13 de maio de 2021. À época, a versão apresentada pela família à polícia foi de que ele tinha desaparecido um dia antes, ao sair de casa para o reforço escolar. No decorrer das investigações, a polícia chegou aos três como principais suspeitos da morte. Eles são acusados de homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver.

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