Um parque aquático, que fica localizado às margens do Rio São Francisco em Sergipe, terá que pagar R$ 400 mil a um alagoano que ficou tetraplégico após descer de um toboágua. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (5) pelo juiz Maurício Breda, da 5ª Vara Cível da Capital.
Segundo a decisão o valor corresponde a R$ 200 mil por danos morais e R$ 200 mil por danos estéticos. Além disso, o parque terá que pagar uma pensão vitalícia de um salário mínimo todos os meses, além de custear as despesas e tratamentos da vítima.
O caso ocorreu no Cangaço Eco Parque, que fica localizado às margens do Rio São Francisco, na cidade de Poço Redondo, em Sergipe. O local fica perto da cidade de Piranhas, no Sertão de Alagoas.
Entenda o caso
Consta nos autos que, ao descer de um toboágua, o cliente bateu com a cabeça na areia do fundo do rio, o que teria provocado um princípio de afogamento. Ao ser retirado do local, o homem já se encontrava sem os movimentos dos braços e das pernas.
Segundo o cliente, não houve orientação sobre o uso correto do toboágua. Ele alega que no local não tinha placas com informações nem funcionários ou bombeiros civis para conduzir os banhistas. O autor diz ainda que foi socorrido por um técnico da área de saúde que estaria a passeio.
A decisão diz que não há provas de que o rapaz teria sido socorrido de forma correta e por profissionais habilitados. O juiz constatou que o acontecimento se deu pela negligência da ré, e que o estabelecimento foi omisso em relação ao acidente.
O que disse a empresa em juízo
A empresa se defendeu afirmando que havia placa e um instrutor no local, levantando a hipótese que o demandante teria ingerido bebida alcoólica. Contudo, anão conseguiu comprovar a presença de um bombeiro ou de um instrutor no momento do incidente.
O Cangaço Eco Parque também foi condenado ao ressarcimento de R$ 891,61 por danos materiais. Além de ficar tetraplégico, foi constatado um trauma raquimedular cervical no autor.
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