O policial militar Leonardo Wagnner Gomes de Souza acusado de matar José Cícero da Silva Júnior e Alex Paulo da Silva Guedes, em 2020, foi condenado a cumprir 35 anos e três meses de reclusão. Além dele, Artur Rangoussis Brêda também foi condenado e deverá cumprir 46 anos, quatro meses e 15 dias de prisão. O julgamento foi realizado na segunda-feira (14), no Fórum do Barro Duro.
Segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Leonardo Wagnner perdeu o cargo de militar. "Considerando que os presentes crimes foram extremamente graves, entendo que estão configurados atos absolutamente incompatíveis com o cargo de policial militar ocupado pelo réu, razão pela qual deve ser declarada a perda do cargo", disse o juiz Geraldo Cavalcante Amorim, que conduziu o julgamento.
O magistrado ainda informou que os crimes foram cometidos com "extrema audácia, em plena via pública, em horário habitual de repouso noturno, quando, via de regra, não existem testemunhas na rua".
O juiz ainda frisou que os réus agiram com culpabilidade reprovável, pois premeditaram os crimes, "como se tivessem o poder de decidir que as vítimas deveriam morrer, algo absolutamente ilegítimo no Estado Democrático de Direito".
Ainda de acordo com o TJ/AL, as penas deverão ser cumpridas em regime inicialmente fechado. Os réus não poderão apelar em liberdade. O julgamento integrou programação do Mês Nacional do Júri.
O caso
Os homicídios ocorreram em fevereiro de 2020, na Grota do Canaã, em Maceió. José Cícero e Alex Paulo foram abordados pelos réus, que efetuaram disparos de arma de fogo contra as vítimas.
De acordo com os autos, as mortes teriam ocorrido por retaliação. Artur Rangoussis queria vingar o homicídio do irmão, que teria envolvimento de Alex Paulo e José Cícero, segundo acreditava.
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