Depois da viagem perdida de policiais e presos, ocorrida nessa quinta-feira, feriado em Alagoas, a Justiça foi acionada e determinou, nesta sexta-feira (17), que os policiais penais de plantão no Presídio do Agreste recebam os presos, visto que tal desobediência cria risco à sociedade e descumpre regras legais e ordens administrativas.
Porém, em sua decisão, o juiz André Luiz Parizio Maia Paiva defende a categoria e reforça que os mesmos merecem sim, condições dignas de trabalho.
"Só que a luta de uma classe, por mais legítima que se apresente, não pode se sobrepor de forma absoluta à salvaguarda dos direitos fundamentais."
Em contato com o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasppen), Vitor Leite, o Diário foi informado que os policiais penais vão cumprir a decisão judicial, sem sombra de dúvidas, mas a greve permanece. "A decisão é pontual, vamos receber os presos no Presídio do Agreste", disse Leite. Até porque, caso não recebam, o juiz determinou puna diária e pessoal para cada agente: R$ 5 mil.
Sobre a greve
Os policiais penais de Alagoas estão em greve há algumas semanas. Na verdade a discussão a respeito de melhores condições de trabalho e salários vem se arrastando desde julho.
Como forma de protesto, os profissionais - especialmente os que trabalham no Presídio do Agreste - se recusam a receber e transferir presos.
O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Alagoas (Sinasppen) já havia informado, no dia 16 de agosto, que as visitas também foram proibidas para que a categoria pudesse exigir o realinhamento do subsídio, nivelamento da tabela do PCS, reposição salarial de 15% em cima da correção da tabela do PCS e a manutenção dos atuais direitos.
No dia 25 de agosto chegou a ter uma segunda reunião da categoria com a Seplag, onde o Governo, de acordo com o presidente do Sinasppen, Vitor Leite, não apresentou nada de concreto. Dessa forma, a parasilação foi retomada no dia 30 de agosto.
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