O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (Progressistas), e os secretários municipais de Saúde, Finanças, Educação e Assistência Social foram afastados, nesta quinta-feira (11), dos cargos por determinação do Tribunal Regional Federal da 5ª Região. Os afastamentos se dão em razão das investigações da Operação Beco da Pecúnia, que apura um esquema de desvio de verbas na ordem de R$ 20 milhões. Outros três servidores municipais também foram afastados.
O TRF-5 notificou durante a tarde a Câmara de Vereadores de Rio Largo da decisão. A vice-prefeita e esposa do prefeito afastado, Cristina Gonçalves, deve assumir o comando do executivo municipal. Os afastamentos se dão pelo prazo de 60 dias.
Além do afastamento, o prefeito e os secretários estão proibidos de frequentar órgãos públicos do município, proibidos de manter contatos entre si e proibidos de sair do País, devendo entregar o passaporte.
De acordo com a investigação, teriam ocorrido possíveis ilegalidades nas contratações e pagamentos realizados pelo município de Rio Largo/AL, em favor de duas pessoas jurídicas, para aquisições de material de construção, peças e serviços para veículos, as quais teriam recebido do citado município o valor aproximado de R$ 20 milhões.
A apuração identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques “na boca do caixa” de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil, logo após terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo/AL, visando burlar o sistema de controle do Banco Central/COAF, que prevê a obrigatoriedade de as instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.
Beco da Pecúnia é uma referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas ao município de Rio Largo/AL, logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município.
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