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04/11/2022 05:45
Justiça

Reú confesso, Edvaldo dos Santos é condenado a quase 18 anos de prisão

Edvaldo foi condenado a 35 anos, sete meses e seis dias de prisão em regime fechado. Crime foi em 2020
/ Foto: TJ-AL

Um crime estúpido, ocorrido no município de Maravilha e que precisou haver desaforamento para a capital mediante a revolta da sociedade. Uma menina de seis anos, Ana Beatriz Rodrigues Rocha, estuprada, assassinada, colocada em um saco de lixo e jogada em um telhado.

Sem haver como negar, Edvaldo dos Santos confessou no início do júri a autoria, o que acelerou o julgamento e a sentença. Após a manifestação firme do promotor de Justiça Tácito Yuri, apresentando ao conselho de sentença detalhes do homicídio, o réu foi condenado a 35 anos, sete meses e seis dias de prisão. Edvaldo dos Santos foi julgado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável.

Para Tácito Yuri, a pena correspondeu às expectativas do Ministério Público, lembrando que foi atenuada porque o réu confessou a autoria.

“Foi um julgamento justo, uma pena justa, mas considerando a dramaticidade, a gravidade do caso, não tem pena que repare a dor da família de perder uma filha com seis anos de idade. A própria sociedade, cidade pacata de maravilha, é difícil pra nós do MP tratar desse assunto porque nos toca, emociona. É um momento de ratificarmos nosso compromisso em proteger a infância não só do crime grave, mas lutar por uma infância onde a criança tenha direito a ser feliz, a brincar em liberdade, livre de ameaças, então é esse compromisso que o Ministério Público reafirma nesse momento”, afirma o promotor de Justiça.

A denúncia foi feita pelo promotor de Justiça Kleytionne Sousa, titular da Promotoria de Justiça de Maravilha, em agosto de 2020. À época, ele detalhou que “após o cometimento do estupro, e com desígnio autônomo, o denunciado resolveu matar a vítima para ocultar o seu crime anterior. Assim, estrangulou a Ana Beatriz e, por meio da asfixia, a matou (consoante laudo pericial). Ato contínuo, Edvaldo dos Santos, com o intuito de ocultar o cadáver, colocou o corpo da vítima em um saco e o escondeu no telhado de sua residência”

O júri

O júri teve celeridade com a dispensa das testemunhas, já que Edvaldo dos Santos, assim que começou a ser ouvido para o juramento de fidelidade, confessou ser o assassino. Assim, restou a sustentação do promotor de Justiça Tácito Yuri pedindo condenação por todas as qualificadoras. O conselho de sentença acatou e a decisão culminou em quase 18 anos de prisão.

Em sua fala, Tácito Yuri fez um pedido comovente. “É difícil falar de algo assim, temos filhos, imaginem uma criança que, inocentemente, por conhecer o réu, foi até a casa dele e lá foi estupidamente abusada, sendo vítima de sexo anal, vaginal e depois morta. Não há como não nos comovermos e, hoje, os senhores do conselho de sentença estão com a missão de fazer justiça por ela”.

O caso

Edvaldo dos Santos – que ironicamente tem o apelido de ‘santinho’-, era vizinho da família de Ana Beatriz e por esse motivo teria sido fácil atrair a vítima até a sua residência. A menina, de apenas seis anos, foi abusada sexualmente, via anal e vaginal, depois estrangulada e jogada em cima do telhado do criminoso dentro de um saco de lixo.

O crime chocou a pequenina cidade de Maravilha e Edvaldo chegou a ter sua residência cercada por populares. O sepultamento de Beatriz foi de muito clamor, a cidade parou, professores e alunos demonstraram indignação.

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