O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e entidades de defesa das mulheres planejam uma ação conjunta no próximo dia 25, a partir das 15h, no Centro de Maceió. O objetivo é lembrar as vítimas de feminicídio no estado e conscientizar sobre a importância do combate à violência doméstica.
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), foram registrados em Alagoas, no ano passado, 44 feminicídios. De janeiro a julho deste ano, foram 15.
De acordo com o juiz José Miranda, auxiliar do Juizado da Mulher da Capital, os crimes de feminicídio e tentativa de feminicídio são os mais graves cometidos contra as mulheres. Segundo o magistrado, eles não costumam acontecer de repente.
"São oriundos de uma violência constante, de ameaças constantes possíveis de se perceber com o tempo. É importante que existam ações conjuntas para lembrar as vítimas e ajudar a implementar uma política de prevenção", destacou.
No dia 25, uma passeata deverá sair do prédio do antigo Produban em direção à sede do TJAL, na Praça Deodoro. Mulheres que sobreviveram ao feminicídio participarão, assim como seus familiares. "Temos que participar chamando a atenção de todas as pessoas para a importância de se combater a violência doméstica e familiar", afirmou o magistrado.
Ação como a que ocorrerá em Maceió deverá se repetir em outras capitais do Nordeste, segundo Paula Simony Lopes, do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM). "Será um ato mais para alertar a sociedade. Não queremos aglomerar pessoas e também não haverá panfletagem por conta do coronavírus. Queremos chamar a atenção para o que está acontecendo", explicou.
Uma reunião virtual para discutir os preparativos da ação foi realizada na manhã desta terça (10). Também participaram a juíza Marcella Pontes, a servidora Eryka Lessa e a estagiária Letícia de Medeiros Agra, da Coordenadoria da Mulher do TJAL; além de Cida Almeida, da Secretaria de Mulheres do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal).
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