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04/06/2024 17:26
Justiça

Tribunal condena deputado estadual por importunação sexual contra colega na Alesp

Câmeras da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo flagraram Fernando Cury abraçando Isa Penna pelas costas em 2020
TJ-SP confirma condenação criminal do ex-deputado Fernando Cury (PSDB), processado por importunação sexual contra a ex-deputada Isa Penna (PCdoB) / Foto: Assembleia Legislativa de São Paulo/Alesp
Redação com Terra

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou a condenação criminal, nesta terça-feira,4, do ex-deputado Fernando Cury (PSDB), processado por importunação sexual contra a ex-deputada Isa Penna (PCdoB). Em 2020, Cury abraçou Penna pelas costas, e as imagens foram registradas pelas câmeras da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).

Cury deverá cumprir um ano, dois meses e 18 dias de reclusão em regime aberto. A condenação pode ser substituída pelo pagamento de 20 salários mínimos - ou R$ 26.400 - e prestação de serviços à comunidade pelo mesmo tempo da detenção. 

Na transmissão do canal oficial da Alesp, é possível ver que a parlamentar está conversando com o presidente da Casa na época, Cauê Macris, quando Cury se aproxima da Mesa Diretora e se posiciona atrás da então deputada, colocando a mão sob a lateral de seus seios. Em seguida, Isa Penna empurra o parlamentar para tentar afastá-lo do seu corpo.

O Ministério Público (MP) afirma que o então parlamentar "abraçou e deslizou as mãos pela costela e seio da vítima". À época da acusação, Cury negou a denúncia. A defesa afirma que o ex-deputado "não teve a intenção de desrespeitar a colega ou assediá-la" e classificou a cena como um "leve e rápido abraço". Os advogados do ex-parlamentar devem recorrer da decisão ainda nesta semana.

 

A lei prescreve detenção de um a cinco anos para importunação sexual. O MP pedia, já em 2020, pena máxima contra Cury devido ao seu cargo de deputado estadual, que pressupõem decoro. O tribunal recebeu a denúncia do MP contra Cury em dezembro de 2021. No final do ano passado, Cury foi condenado pelo TJ-SP, mas recorreu da decisão. Ele sempre respondeu pela acusação em liberdade.

 

 

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