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10/03/2022 11:30
Justiça

Vítimas de violência doméstica em Arapiraca finalizam cursos profissionalizantes

Parceria do Juizado da Mulher e do Senac formou 16 mulheres nos cursos de Salgadeiro e Depilador
/ Foto: Adeildo Lobo
Assessoria TJ/AL

Após quatro meses de capacitação, 16 vítimas de violência doméstica e familiar atendidas pelo Juizado da Mulher de Arapiraca receberam, nesta terça-feira (8), os certificados de conclusão dos cursos de Salgadeiro e Depilador. A parceria do Judiciário com o Senac teve como objetivo romper a dependência financeira das vítimas em relação aos seus agressores.

O magistrado Alexandre Machado, titular do juizado, explicou que este é o motivo pelo qual muitas mulheres permanecem no ciclo de violência. Para ele, não basta apenas que o Judiciário aplique a lei contra os agressores, mas que ajudem as vítimas a encontrarem novos caminhos.

“É emocionante ver essa porta de saída para as mulheres. Nós temos a porta de entrada que é quando elas chegam fragilizadas e com a necessidade de proteção. Nós concedemos a medida protetiva, fiscalizada pela Patrulha Maria da Penha, elas são acompanhados pela equipe multidisciplinar, inseridas em um grupo de acolhimento, há todo um fluxo de trabalho que desaguaram nessa parceria para cursos profissionalizantes. A porta de saída é no sentido que elas tenham essa capacitação para entrarem no mercado de trabalho”, comemorou o juiz.

Txeully Farias foi uma das oito mulheres que concluiu o curso de depiladora de forma gratuita. A profissional, que já montou seu ambiente de trabalho em casa, contou para a equipe da TV Tribunal que está animada com sua nova carreira.

“É um recomeço. Depois dessa pandemia tivemos que fechar tudo, eu tinha um estabelecimento e fechei. E graças a Deus que veio essa oportunidade. Eu agarrei e hoje já estou com o meu estúdio já em casa. É maravilhoso saber que hoje posso recomeçar e conquistar novamente minha independência financeira. Gratidão é a palavra que me define hoje”, informou.

A assistente social do juizado, Jaqueline Lima, contou que a ideia de firmar a parceria para proporcionar cursos profissionalizantes surgiu após o levantamento do Mapa da Violência 2020, feita em 2021 referente ao ano anterior.

“O mapa mostrou que tinha uma porcentagem significativa de mulheres dependentes dos seus agressores, com mulheres desempregadas ou do lar. A partir dessa pesquisa, fazendo uma análise socioeconômica, partindo do serviço social e vimos as possibilidades que poderiam favorecer a mulher, para que ela saísse da dependência financeira”, revelou.

Ainda segundo a assistente social, as participantes passaram por uma triagem para verificar quem tinha o perfil para os cursos e evitar uma possível evasão. “Todas se formaram e umas já estão iniciando os seus trabalhos. Pensamos nos cursos da área alimentícia e de beleza, porque o retorno é imediato. E o Senai dá aporte tanto na prática como no empreendedorismo”.

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