Ficar atento à evolução do preço dos produtos e não se fixar apenas nas ofertas é uma das dicas para não sair perdendo na hora de aproveitar eventuais promoções em datas como o Dia do Cliente, que acontece nesta quarta-feira (15). O alerta é feito pela mestra em Direito Público e professora titular do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes - Unit/AL, Raphaela Batista, e também pode ser aplicado para a relação de consumo nas festas de fim de ano, que já se aproximam.
“Seja pela internet ou lojas físicas, é prática do comércio aumentar o preço dos produtos antes de anunciar promoções nas vendas. Com o valor aumentado, o consumidor, que não acompanhou a evolução dos preços daquilo que deseja e precisa adquirir, acaba sendo cooptado por armadilhas econômicas. Por isso, é necessário pesquisar e acompanhar a evolução dos preços para não encontrar promoções e achar que é uma vantagem, e não é”, explica Raphaela Batista, que também é doutoranda em Direito pela Universidade do Minho, em Portugal e docente nos cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu na Unit.
Outra dica importante dada pela docente é para que o consumidor se mantenha atento, também, às informações que as empresas veiculam sobre os produtos.
“Tudo precisa estar claro para que o consumidor não seja enganado. Para isso, as informações sobre preço, condições de pagamento, eventuais descontos têm que estar visíveis. Costumo dizer, por exemplo, que a plaquinha com preço no interior da loja é igual ao preço de um produto oferecido em plataformas por direct. Ou seja, a loja anuncia determinado bem ao consumidor, ressalta maravilhas sobre aquele produto, mas sem o valor para que o cliente saiba quanto custa. Dessa forma, é preciso que o cliente recorra à conversa pelo direct para mais informações. São práticas ilegais”, destaca a especialista.
Em tempos de inflação em alta e elevação no preço dos produtos ao consumidor, Raphaela Batista também chama a atenção para o consumo consciente.
“A economia do país atravessa dias difíceis, também ainda passamos pela turbulência da pandemia de Covid-19, e tudo isso faz com que o consumidor se organize em suas finanças para evitar o superendividamento, o endividamento em grande escala. Nessa perspectiva, é preciso que o consumidor esteja consciente de que o dinheiro, hoje, tem menos valor. Por isso, se puder, opte por gastos extremamente necessários e em condições onde ele possa fazer a compra à vista, por exemplo”, disse Raphaela Batista.
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