O consumidor alagoano que foi ao supermercado nessa quinta-feira (9) se deparou com o racionamento de arroz em algumas lojas. Nas gôndolas, foi afixado aviso com a quantidade máxima que podia ser comprada por pessoa, que variava de três a cinco quilos.
A medida, segundo os empresários, é preventiva e ocorre diante da possibilidade de desabastecimento do produto, que tem no Rio Grande do Sul as suas maiores lavouras.
A rede alagoana Unicompra limitou a compra de apenas cinco quilos de arroz por CPF. Em comunicado colocado nas prateleiras foi dito que a medida se deu em razão da equidade entre os clientes. Já o Atacadão só está permitindo a compra de dez fardos por cliente.
A rede alagoana Palato também chegou a limitar a compra a apenas três quilos por cliente, mas disse já ter retirado o comunicado das prateleiras e garantiu que o abastecimento está normal. O Unicompra também disse ter estoque do produto.
Por meio de nota, a Associação dos Supermercados de Alagoas (ASA) afirmou que ainda é cedo para avaliar o impacto da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, como também prever alguns impactos potenciais no abastecimento de alimentos em Alagoas.
A orientação da entidade é que os consumidores adotem o uso consciente e não façam estoques dos produtos. “O setor supermercadista alagoano trabalha incansavelmente para garantir o abastecimento da população e não deveremos registrar a falta de quaisquer produtos”, garantiu o presidente da ASA Raimundo Barreto.
À Gazeta, Barreto explicou que o Rio Grande do Sul é responsável por 70% do arroz brasileiro. “Apesar do que tem estoque aí, a colheita do arroz lá foi antes da enchente, mas vai atrapalhar no futuro”.
Barreto reforçou que é importante que a população compre de forma racional e não corra em busca do produto. “Acredito que hoje tem muita especulação também. É só uma questão de precaução, para não desabastecer a população de modo geral. É cedo ainda, muito cedo para a gente ter uma posição. Ainda é muito cedo para dizer como vai ficar o abastecimento. Vamos aguardar também”, orientou.
A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) informou que os estoques e as operações de abastecimento do varejo estão normalizados. A entidade ainda revela que vai solicitar ao governo a abertura de importações para completar o abastecimento da população.
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