O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, decretou nessa terça-feira (14) a falência da companhia aérea Avianca. A empresa terá agora o prazo de 60 dias para apresentar a relação de seus ativos.
A falência da empresa, que chegou a ter 48 aeronaves em operação, era prevista no mercado desde maio do ano passado quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) retirou todos os voos da empresa, alegando temer pela falta de capacidade da empresa para operar com segurança.
A dívida estimada era de R$ 2,7 bilhões. A companhia estava em recuperação judicial desde meados de 2018. Com a perda de aviões na Justiça por inadimplência de arrendamento, a Avianca passou a atrasar salários e pedidos de reembolso, cancelar voos e deixar de pagar fornecedores e aeroportos.
Os credores da empresa haviam aprovado em assembleia a divisão dos ativos e slots (horários de pousos e decolagens em aeroportos) da companhia em sete lotes. Azul, Gol e Latam ficarão com uma ou mais fatias da Avianca.
A Avianca não havia pago até o momento nem mesmo os créditos trabalhistas, que têm pagamento preferencial no plano de recuperação judicial. A companhia chegou a ter mais de 5,3 mil funcionários, segundo o sindicato dos aeroviários (trabalhadores em solo) de São Paulo.
Contrato encerrado
A empresa foi fundada em 1998 com o nome de Oceanair e adotou o nome de Avianca depois de acordo celebrado com a Avianca Holdings, da Colômbia. O contrato do uso da marca encerrou-se em agosto do ano passado. Antes, em maio, a empresa deixou de operar voos no Brasil.
Fonte: Diário de Pernambuco
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