A inflação da baixa renda, medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1), avançou puxada pelos preços com alimentação, vestuário e lazer.
Em setembro, o indicador marcou 0,89%, acima dos 0,55% registrados em agosto, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (6).
O IPC-C1 mede a variação da cesta de compras para famílias brasileiras com renda até 2,5 salários mínimos, ou seja, residências com renda mensal de até R$ 2.612,50.
Em 2020, o a inflação da baixa renda acumula 3,13%. Já nos últimos 12 meses, o acúmulo está em 4,54% - bem acima dos 2,65% acumulados da inflação oficial medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e que abrange famílias que ganham de 1 a 40 salários mínimos (de R$ 1.045 a R$ 41,8 mil).
O que afetou o bolso
A alta da inflação de agosto para setembro do IPC-C1 foi puxada por três das oito classes de despesa, com destaque para alimentação (que subiu de 0,76% em agosto para 2,23% em setembro). As outras altas foram observadas nos grupos, educação, leitura e recreação (de 0,09% para 2,44%) e vestuário (de -0,42% para 0,12%).
Os principais vilões dessa lista foram o arroz, que ficou 15% mais caro, e o óleo de soja, 30% mais caro nos supermercados em setembro. Ainda nas gôndolas, o leite longa vida subiu 5%. As passagens aéreas aumentaram 39% e a gasolina ficou 1,6% mais pesada no bolso.
O que está mais barato
Por outro lado, cinco grupos tiveram queda na taxa: saúde e cuidados pessoais (de 0,61% em agosto para 0,10% em setembro), despesas diversas (de 0,58% para 0,26%), habitação (de 0,61% para 0,54%), comunicação (de 0,12% para 0,04%) e transportes (de 0,68% para 0,61%).
As notícias positivas para o consumidor vieram principalmente do supermercado. Segundo a FGV, o mamão papaya ficou quase 20% mais barato e a cebola, 15,5% mais em conta. O preço da batata-inglesa recuou 15%, enquanto os ovos estão 2,8% mais leves no caixa do mercado. Para completar, os planos de saúde recuaram 2,4%.
Fonte: R7
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