Em mais um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu para abaixo de R$ 5,30 e teve o primeiro recuo semanal desde maio. A bolsa de valores terminou o dia em baixa, mas registrou a segunda semana seguida de ganhos.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (8) vendido a R$ 5,268, com queda de R$ 0,077 (-1,44%). A cotação chegou a abrir em leve alta, mas passou a despencar logo após a abertura do mercado norte-americano, encerrando próxima do valor mínimo do dia.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula queda 0,99% na semana, após chegar a R$ 5,46 na última quarta-feira (6). A divisa sobe 0,63% em julho, mas cai 5,52% em 2022.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 100.299 pontos, com recuo de 0,44%. O indicador iniciou o dia em alta, mas inverteu o movimento no decorrer da sessão e passou a cair, pressionado por ações de mineradoras e de siderúrgicas. Apesar da queda de hoje, a bolsa ganhou 1,35% na semana e continuou acima dos 100 mil pontos.
Dados do mercado de trabalho norte-americano trouxeram alívio ao mercado global. A divulgação de que a economia dos Estados Unidos criou 376 mil empregos em junho animou os investidores. O número veio acima do previsto, o que reduz o risco de a maior economia do planeta entrar em recessão, apesar dos aumentos recentes de juros pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).
No Brasil, o atraso na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que aumenta benefícios sociais e cria auxílio para caminhoneiros e taxistas até o fim do ano influenciou o mercado. Prevista para ocorrer ontem (7) na Câmara dos Deputados, a votação foi adiada para terça-feira (12) por falta de quórum. O mercado tem receio do impacto de R$ 41,25 bilhões da proposta sobre o Orçamento da União até o fim do ano.
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