O mercado financeiro viveu um dia misto nesta quarta-feira (13). O dólar iniciou o dia em alta, mas inverteu a tendência e caiu, com investidores aproveitando as valorizações recentes para vender moeda. A bolsa de valores passou a maior parte do dia em alta, mas não resistiu às pressões internacionais e encerrou abaixo de 98 mil pontos.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,406, com queda de R$ 0,033 (-0,61%). A cotação chegou a R$ 5,46 nos primeiros momentos de negociação, mas a moeda caiu após a abertura do mercado norte-americano. Durante a tarde, a cotação chegou a R$ 5,36, mas o ritmo de queda diminuiu até a divisa fechar acima de R$ 5,40.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 3,27% em julho. Em 2022, a divisa cai 3,05%.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela volatilidade. Apesar de subir durante boa parte do dia, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 97.881 pontos, com baixa de 0,4%. A queda nas bolsas norte-americanas e no preço de diversas commodities (bens primários com cotação internacional) influenciou a bolsa brasileira. O indicador está no nível mais baixo desde 4 de novembro de 2020.
Os mercados financeiros em todo o planeta repercutiram a divulgação de que a inflação anual nos Estados Unidos (EUA) alcançou 9,1% em junho, no nível mais alto em quatro décadas. O dado indica que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) continuará a subir os juros para segurar a inflação. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Em relação ao dólar, os investidores aproveitaram a divulgação dos dados da inflação nos EUA para vender a moeda norte-americana e embolsar ganhos recentes. Em contrapartida, a possibilidade cada vez maior de recessão nos Estados Unidos e em várias economias europeias fez cair o preço das commodities e trouxe pessimismo para as bolsas norte-americanas.
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