O preço do quilo da cenoura em Fortaleza está sendo cobrado a quase R$ 15 em supermercados, nesta quinta-feira (12); na Ceasa, o quilo está sendo comercializado a R$ 9,50. A capital cearense apresenta a maior alta acumulada do Brasil dos últimos 12 meses no grupo de tubérculos, raízes e legumes.
Nesta quinta-feira (12), o preço do quilo da cenoura em um supermercado de Fortaleza foi encontrado por R$ 14,95, cerca de R$ 5 a mais do que a venda média no entreposto em Maracanaú das Centrais de Abastecimento do Ceará (Ceasa-CE). A alta cobrança no Brasil na comercialização do tubérculo gerou memes nas redes sociais.
De acordo com o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, o preço da cenoura "disparou e está com o preço bastante elástico nos últimos meses". Ele acredita que as fortes chuvas ocorridas no sudeste do Brasil e na Bahia em janeiro provocaram a forte alta.
"A cenoura ficou com um preço bastante elevado nesse período devido àquela questão das chuvas fortes da região de Minas Gerais e Bahia, o que prejudicou bastante a colheita. Ainda não se conseguiu declinar esse preço porque houve uma quebra na safra e provocou perda nas colheitas das cenouras", afirma Odálio.
Segundo o consultor, a produção cearense da cenoura, realizada principalmente nas cidades de Baturité e Tianguá, não é suficiente para suprir o mercado interno. "Ela não vai voltar [logo] a um preço atrativo para o consumidor por causa da alta nos combustíveis", diz.
"Consequentemente isso impacta no frete e esse produto, que está chegando a R$ 9,50, pode chegar ainda mais caro. E o atacado responde para o varejo porque na hora que o dono de supermercados e mercadinhos de bairro encontram um preço bem mais elevado, ele vai repassar para o consumidor", ressalta.
IPCA mais alto
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro, a cenoura teve aumento de 55,41% em um mês, seguida pela batata-inglesa (20,15%) e o café moído (2,71%). Esses aumentos se referem ao grupo de alimentação e bebidas.
Em Fortaleza, especificamente, no grupo de alimentação e bebidas, os tubérculos, raízes e legumes tiveram aumento de 13,98% em agosto, a quarta maior alta entre 11 capitais analisadas. Se comparado o último ano, o aumento foi de 27,83%, o maior do país.
Odálio chama atenção para outros dois vegetais que apresentaram aumento nos últimos meses: a batata-inglesa e a cebola. Segundo ele, a primeira já chegou a bater R$ 6 na Ceasa, enquanto a segunda já está sendo vendida a R$ 4 no atacado.
Fonte: G1
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