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01/05/2021 09:30
Economia

Preço médio do litro de gasolina sobe a R$ 5,465 nos postos

Relatório semanal da ANP aponta para ligeira queda no valor do diesel e alta de 2,5% no preço do etanol
Preço da gasolina saltou 0,44% na semana / Foto: PILAR OLIVARES/REUTERS - 10.03.2021

 O preço médio do diesel nos postos de combustíveis do Brasil registrou leve queda ao longo da última semana, enquanto os valores de gasolina e etanol subiram no período, indicou pesquisa publicada nessa sexta-feira (30) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

A gasolina registrou alta de 0,44% na comparação com a pesquisa anterior da ANP, com o litro cotado em R$ 5,465. Já o etanol, concorrente da gasolina nas bombas, apresentou o maior ganho no período, de cerca de 2,5%, atingindo preço médio de R$ 3,908 por litro, o mais elevado desde meados de março.

Segundo levantamento da reguladora, o diesel atingiu patamar médio de R$ 4,196 por litro nas bombas, queda de 0,2% em relação à semana anterior, quando havia quebrado uma sequência de quatro recuos semanais consecutivos.

Isso ocorre em meio a um início lento da safra de cana-de-açúcar, principal matéria-prima do biocombustível, no centro-sul do país. Segundo dados da associação Unica, a moagem de cana na primeira quinzena de abril ficou 30% abaixo da registrada em mesmo período de 2020, na região.

No mês de abril, de acordo com os dados publicados semanalmente pela ANP, o valor médio do óleo diesel acumulou queda de 0,75%. A gasolina subiu 0,25%, e o etanol apurou alta de 0,72%.

Os preços dos combustíveis têm se mantido no foco do país desde o início do ano, principalmente após ameaças de greve de caminhoneiros em fevereiro, o que levou o presidente Jair Bolsonaro a reduzir por dois meses - a partir de março - a incidência do PIS/Cofins sobre o produto.

Com o fim da medida previsto para esta sexta-feira, a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) disse ter enviado ofício ao governo solicitando a prorrogação dos cortes, citando preocupações com "os custos que os caminhoneiros autônomos arcam com seus caminhões".

Além da redução tributária na tentativa de conter a escalada do diesel, Bolsonaro também demitiu Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras por divergências sobre a política de preços da estatal, que leva em conta fatores como o preço do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.

A vaga de Castello Branco passou a ser ocupada pelo general Joaquim Silva e Luna. A petroleira anunciou nesta sexta-feira o primeiro reajuste de preços desde a chegada de Luna ao comando, com a redução do valor médio de diesel e gasolina em suas refinarias em 2% a partir deste sábado (1º).

Apesar desse movimento, o preço do diesel cobrado pela estatal ainda acumula ganho de 34% desde o início do ano, enquanto a gasolina vê salto de 40,7% no período. Os preços nos postos não acompanham necessariamente e de imediato os valores nas refinarias, e dependem de uma série de fatores, incluindo impostos, mistura de biocombustíveis e margens de distribuição.

Fonte: R7

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