A Caixa Econômica Federal, informou, com muita preocupação, à Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que mais de 7 mil alagoanos estão com recursos do benefício social, Bolsa Família, parados em conta.
O que aflige a instituição financeira e a entidade municipalista, é que a falta de movimentação nas contas onde são depositadas o auxílio faz com que o governo entenda que não é necessária a continuidade da assistência do programa a esses beneficiários. A suspensão ocorre após 120 dias sem movimentação e os recursos retornam para o cofres do Tesouro Nacional.
Na lista entregue à AMA, consta que nos 102 municípios de Alagoas há beneficiários que estão inscritos no programa, recebendo o repasse federal e não realizaram o saque mensal no valor de R$600,00.
De acordo com Claudenir Rios, Gerente de Filial Governo da Caixa Econômica Federal, são mais de R$ 17 milhões que deixaram de circular na economia dos municípios, causando um grave impacto financeiro em toda a cadeia.
“A Caixa avalia este problema como uma situação crítica, pois os beneficiários enquadrados no programa não estão utilizando os recursos que garantem o sustento das famílias. Este recurso pode também movimentar os comércios locais de cada município”, afirmou Rios.
A instituição financeira ainda alerta aos gestores municipais do Bolsa Família, que averigue a situação dessas pessoas. Caso tenham mudado o município de residência ou perdido as credenciais para serem beneficiadas pelo programa, sejam retiradas do cadastro e que classifiquem as pessoas da lista de espera para se tornarem novas beneficiárias do programa.
O assessor técnico em Assistência Social da AMA, Enildes Barbosa, afirma que o primeiro passo é encontrar essas pessoas nos municípios por meio de uma busca ativa, para se evitar o retorno dos recursos aos cofres públicos e garantir o auxílio mensal àquelas pessoas que mais precisam.
“Precisamos criar uma grande força tarefa para encontrar esses mais de 7 mil alagoanos e alagoanas que não realizaram o saque do auxílio federal. Essas pessoas estão recebendo o recurso, mas não estão utilizando. São mais de 17 milhões de reais que poderiam estar auxiliando na redução da fome de inúmeras famílias e aquecendo a economia dos nossos municípios”, afirmou Barbosa.
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