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11/04/2022 13:17
Economia

Só para manter um veículo, o brasileiro desembolsa mais de R$ 2,2 mil por mês

Não adianta comprar um carro sem ter um panorama realista sobre o que ele significa economicamente para o nosso dia a dia
Só para manter um veículo, o brasileiro desembolsa mais de R$ 2,2 mil por mês / Foto: Reprodução
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Ser dono de um carro continua sendo o sonho de muitos brasileiros, especialmente nessa época em que várias atividades (trabalho, estudo, etc.) retomaram as suas modalidades pré-pandemia, o que fez com que a circulação tenha se acrescentado nas cidades.

Lamentavelmente, quem está na procura de ter o seu veículo próprio tem que lidar com muitos obstáculos, principalmente econômicos. Em primeiro lugar, não está fácil contar com o dinheiro necessário para fechar o negócio.

 De acordo com um levantamento feito pela KBB (Kelley Blue Book Brasil), consultoria especializada em precificação de veículos, desde 2020 e o ano passado, o aumento no preço dos carros foi de 25,4% até picos de 35%. Para ter um exemplo concreto: um SUV compacto que, em 2020, custava R$70 mil aproximadamente -na sua versão mais básica--na sua versão mais básica-, agora apenas pode ser adquirido por cima dos R$100 mil. A causa desse incremento não é unicamente o crescimento da inflação no Brasil, mas também a falta de estoque gerada a nível mundial para cobrir a demanda.

Mas mesmo supondo que a pessoa consegue salvar o dinheiro, ou foi aprovado para contratar um crédito para a compra, ainda é importante saber se, no orçamento mensal, tem espaço para as despesas que o carro traz consigo. Isto porque, ser dono de um carro, significa custear gastos indispensáveis, como manutenção mecânica, documentação, seguros e combustível. Até um brasileiro que dá pouco uso ao seu carro, da casa para o trabalho ida e volta, precisa gastar mais de R$2,2 mil por mês.

Mas como assim tanto dinheiro? Confira esse caso particular:

Vamos usar como parâmetro o carro de passeio zero-quilômetro mais vendido no país em 2021, o Hyundai HB20. A sua versão mais econômica é de R$74.590, quer dizer que o IPVA dele (4% do valor da Tabela Fipe) será de R$2.983,60. Levando em conta que é obrigatório, é preciso adicionar aos cálculos a contratação de um seguro de carro confiável, uma cobertura completa (cobrindo colisões e danos a terceiros), com valores na faixa de R$4 mil. 

Além disso, resta considerar o consumo mensal de combustível. Imaginando que o dono do carro faz um uso moderado do carro, circulando 40 quilômetros diários, e que o veículo do exemplo percorre 13,5 quilômetros com um litro de gasolina em cidade, será preciso contar com R$594,90 para o combustível utilizado por mês.  Esses valores podem mudar dependendo da cidade de moradia. 

Finalmente, não é possível esquecer a manutenção. É claro que esse aspecto irá depender da idade do carro. Nesse caso, por ser novo, a primeira revisão será de R$284, mas esse valor vai crescendo com o passar do tempo, principalmente porque o carro precisará de mais serviços e substituição de algumas peças. 

Como vemos, não adianta comprar um carro sem ter um panorama realista sobre o que ele significa economicamente para o nosso dia a dia. O principal conselho é fazer uma planificação, e dar uma olhada em novas alternativas que podem diminuir alguns conceitos, como a aquisição de carros elétricos ou contratação dos seguros chamados “pay per use”.

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